terça-feira, 29 de março de 2011

José Alencar, um homem, um exemplo!


"Não tenho medo da morte, tenho medo da desonra". José Alencar (1931 - 2011)

“Melhor é a boa fama do que o melhor ungüento, e o dia da morte do que o dia do nascimento de alguém. Esse é um versículo bíblico que se encontra registrado no livro de Eclesiastes capítulo sete. Resolvi postá-lo, porque além de concordar com ele, acredito que explica bem o que acaba de acontecer em relação ao falecimento do Ex-Vice-Presidente José Alencar. Quando ele nasceu, ninguém sabia que esse mineiro seria o José Alencar que conhecemos. Os pais tinham expectativa, os parentes em geral esperavam que ele fosse um homem honrado e que apenas fizesse o necessário para ser respeitado. Isso por si só, já seria motivo de orgulho.

Contudo, José Alencar não foi daqueles que fazia apenas o necessário. Ele sempre via que fazer mais do que o necessário é o que promove as mudanças. De garoto pobre, tornou-se empresário, de empresário assumiu partidariamente seu lado político. E caminhou, sempre com o compromisso de fazer mais do que o necessário, a mostrar, não só a nós brasileiros, mais ao mundo todo, que nem toda história de honradez e perseverança, é fruto da imaginação humana. Esse cidadão que faleceu hoje, dia 29 de março de 2010, fez história e mostrou que é possível manter-se firme às convicções, ainda que o mundo ao redor não mereça, e algumas vezes nem faça caso dessa luta.

Hoje, e não antes, eu sei quem foi José Alencar Gomes da Silva. E me considero extremamente feliz por viver num período que corroborou com a história desse que foi um grande humano. Se todos nós pudermos aprender que a única coisa que deixamos, são as lembranças que outros têm a nosso respeito. E, além disso, entendermos que ser lembrando como exemplo é mais do que apenas produto do ego, e sim uma forma de contribuir para o amadurecimento da humanidade. Todos deveriam desejar - não ser um José Alencar - mas tentar, pelo menos, sermos melhores do que somos nesse exato momento.

É melhor de fato o dia em que se morre. Morrer quer dizer bem pouco quando encontramos uma maneira de viver eternamente. Poucos “vivos” estão tão vivos quanto José Alencar está agora.

Consoada
Quando a Indesejada das gentes chegar
(Não sei se dura ou caroável),
talvez eu tenha medo.
Talvez sorria, ou diga:
- Alô, iniludível!
O meu dia foi bom, pode a noite descer.
(A noite com os seus sortilégios.)
Encontrará lavrado o campo, a casa limpa,
A mesa posta,
Com cada coisa em seu lugar.
 
(Manoel Bandeira)

Nesse espaço em que derramo aquilo que contribui para meu aprendizado diário, deixo minhas condolências à família do homem exemplar que foi, José Alencar. E nada me emocionou mais do que as palavras do grande amigo dele, Lula, nesse discurso. Vejam:  


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