segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Arianna Huffington: "Vocês estão subindo e nós estamos caindo"

LETÍCIA SORG

HUFFINGTON  Arianna é considerada um dos principais nomes da mídia mundial por causa do sucesso de seu site
No dia 18 de dezembro a empresária e jornalista Arianna Huffington deve desembarcar pela primeira vez no Brasil. Nascida na Grécia e radicada nos Estados Unidos, ela é considerada um dos principais nomes da mídia mundial por causa do sucesso de seu Huffington Post, site que agrega notícias e blogs e só perde em audiência para o do jornal The New York Times - um feito ainda maior considerando que tem apenas cinco anos de existência. Considerada a 28ª mulher mais poderosa do mundo pela revista Forbes, Arianna deve encontrar-se com a presidente eleita Dilma Rousseff, almoçar com a senadora Marta Suplicy (PT-SP) e participar de um jantar promovido pelo publicitário Nizan Guanaes em São Paulo. No que sobrar de tempo, pretende conhecer o que puder do país na companhia da filha mais nova, Isabella. A estadia é curta: Arianna volta para os Estados Unidos para passar as festas com toda a família. 

Antes de chegar ao país, Arianna concedeu por telefone uma entrevista a ÉPOCA. Antecipamos o trecho em que ela fala sobre sua visita ao país. A íntegra será publicada na edição que vai às bancas no dia 11 de dezembro. 
ÉPOCA - É a primeira vez que a senhora vem ao Brasil? 
Arianna Huffington -
 Sim, é minha primeira vez. Estou indo com minha filha mais nova [Isabella], que está no primeiro ano da faculdade. Estou muito empolgada. Escrevi um livro chamado Third World America (algo como América de Terceiro Mundo) e vejo que o Brasil é um exemplo de como um país pode construir essa classe média e estou realmente muito interessada nisso porque os Estados Unidos estão, no momento, lidando com uma classe média que está se desintegrando. O que o Brasil fez de certo? Reconheço que o país ainda tem muitos problemas para resolver. Mas fez muitas coisas certas para manter a classe média e cuidar dos trabalhadores. Estou interessada em olhar e aprender.

ÉPOCA - Mas, em seu livro, a senhora alerta para o perigo de os Estados Unidos se tornarem como o Brasil ou o México, em que os "ricos vivem atrás de portões fortificados". 
Arianna -
 Sim, mas vocês estão subindo e nós estamos caindo. Obviamente vocês ainda têm muitos problemas, mas estamos em trajetórias diferentes. Há muito a aprender com o Brasil.

ÉPOCA - A senhora vai entrevistar a presidente eleita, Dilma Rousseff? 
Arianna -
 Estou ansiosa para encontrá-la. É especialmente empolgante conhecer uma mulher na liderança. Estou lendo sobre ela e sua visão sobre o país. Espero conversar com ela, mas não será uma entrevista formal. Devo escrever sobre minha viagem de maneira geral.

ÉPOCA - Em sua opinião, é importante ter uma mulher na presidência? 
Arianna -
 Claro que é importante. Mas é mais importante o que ela faz. É sempre importante para as mulheres ocupar posições de liderança, mas elas sempre serão julgadas pelo que fizerem, não pelo fato de serem ou não mulheres.

ÉPOCA - Foi por isso que o Huffington Post apoiou a pré-candidatura de Barack Obama e não a de Hillary Clinton? 
Arianna -
 Exato. Não é uma questão de gênero.

Fonte: Época

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