sábado, 27 de novembro de 2010

Tombini "é dureza", diz Meirelles sobre seu sucessor no BC

BRASÍLIA - Ao fazer uma brincadeira, hoje, em almoço com economistas, o presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, voltou a elogiar seu sucessor, e disse que, ao contrário do que muitos pensam, Alexandre Tombini, é firme em suas decisões.
"Eu brinco com ele porque, entre outras características, muitos acham que ele é uma personalidade amena. Não conhecem o gaúcho. Gaúcho é dureza", disse Meirelles.
Em almoço no XXI Congresso Nacional de Executivos de Finanças, em Vitória (ES), Meirelles reiterou que a escolha do diretor de Normas do BC pela presidente eleita Dilma Rousseff, para ser seu sucessor à frente da autoridade monetária, foi "uma excelente escolha".
Ele disse que está "realizado" com a escolha e, adotando de novo um tom de despedida, se autoelogiou afirmando que tomou a decisão correta ao não anunciar antes que só ficará no governo até dezembro.
"Tomei a decisão de não anunciar isto antes. O episódio recente no mercado financeiro mostrou que foi uma boa decisão, pois não seria muito aconselhável que o Banco Central tivesse um vácuo de poder" no momento em que veio à tona o rombo de R$ 2,5 bilhões do banco Panamericano, do grupo Silvio Santos, disse.
Meirelles citou o caso do Panamericano, reiterando que a instituição financeira teve "perdas internas absorvidas pelo acionista controlador". E que o empréstimo de R$ 2,5 bilhões do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) mostrou que as instituições funcionaram muito bem. "Imagine o que seria isso no passado", comentou ele, como exemplo de que hoje o Brasil tem estabilidade econômica conquistada nos últimos anos.
Ao fazer uma lista, em mais de uma hora de discurso, sobre os feitos do governo Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente do BC disse que há projeções indicando que até 2014, mais 14,5 milhões de pessoas cruzarão a linha de pobreza, "para cima", como ocorreu com 20 milhões nos últimos sete anos.
Outra projeção apresentada por ele foi que "mais 36 milhões de brasileiros entrarão na classe média", durante o governo Dilma Rousseff. Ele destacou que a renda per capita subiu 3% ao ano, entre 2003 e 2010, ante a média de 0,3% de alta nos 10 anos anteriores.
(Azelma Rodrigues | Valor)

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