segunda-feira, 14 de março de 2011

A ARTE DE NÃO CONSEGUIR SER POETA

No dia da poesia, vou postar outro poema meu:

"É como fechar os olhos
E viver a mais substancial lembrança.
Sentir-me preso pela emoção de ser não eu, mas aquele
Que segura nos ventos oníricos e voa, voa cada vez mais alto
Se distanciando do que lhe é oferecido pela realidade.
Quem sou então?
Se não aquele que deseja ver o cheiro das flores,
Caminhar pela tarde na beira da praia,
Observar o sol no seu mais sublime gesto, que é, o de se perpetuar a cada tarde que morre.
Conseguir ver em cada sorriso
A mais singela emoção.
Perceber em cada gesto, o mais límpido desejo,
Ser inebriado pelo cheiro do amor...
Sou não aquele,
Mas, esse que se choca em cada instante com a necessidade
De ser livre."

Joubert Barbosa

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