sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Economia da China manterá vigor, preveem analistas

Micheli Rueda   (mrueda@brasileconomico.com.br) 
20/01/11 16:10



Os analistas do JPMorgan revisaram para cima a projeção de crescimento da economia chinesa em 2011. O banco americano estima expansão de 9,6% neste ano, contra 9,1% anteriormente.
"Olhando mais a frente, esperamos que a economia inicie 2011 com um ritmo sólido de crescimento. A demanda externa mais forte deve sustentar o crescimento constante do setor de exportação", avaliaram em relatório Qian Wang, Grace Ng e Lu Jiang, analistas da instituição.
Conforme dados divulgados nesta quinta-feira (20/1), o Produto Interno Bruto (PIB) do país asiático cresceu 10,3% em 2010, ante um avanço de 9,2% em 2009.
Para o Goldman Sachs, o desempenho robusto da atividade econômica chinesa é resultado de três fatores. 
O primeiro ponto destacado pelo banco é a força contínua da demanda interna, apoiada pela folga monetária. "Apesar das medidas de aperto monetário, não houve efeito significativo em dezembro", assinala.
Nesta quinta-feira entrou em vigor o último aumento no depósito compulsório, de 0,5 ponto percentual, que, na prática, reduz a capacidade de empréstimos dos bancos no país.
O relatório elaborado pelos analistas Yu Song e Helen (Hong) Qiao, do Goldman Sachs, aponta, em segundo lugar, a melhora significativa da demanda externa.
O último elemento é o relaxamento parcial das restrições impostas à produção.
"A relação entre inflação e crescimento está suscetível a melhorar, caso mais restrições de oferta sejam banidas no primeiro trimestre de 2011", pondera o Goldman Sachs. 
No entanto, a instituição acredita que medidas serão necessárias para amortecer o crescimento da demanda. Para afastar a ameaça de bolha, o governo chinês chegou a implementar restrições para indivíduos em busca do terceiro imóvel.
A inflação ao consumidor na China fechou o ano de 2010 em 3,3%, comparado com os preços do ano anterior. Em dezembro, no entanto, os preços avançaram 4,6% - um recuo ante os 5,1% registrados em novembro.
Apesar disso, o JPMorgan também revisou para cima a expectativa de inflação em 2011, passando de uma taxa de 4,3% para 4,6%.
A revisão leva em consideração o aumento nos preços dos alimentos e o impacto do inverno rigoroso na economia, além do gradual aumento dos salários.
Para o Credit Suisse, o conjunto de dados publicados sobre a economia chinesa mostra que é improvável uma mudança na política em curso. "Em nossa opinião, o crescimento não é muito uma preocupação, mas a inflação deve ser observada cuidadosamente", conclui o analista Dong Tao.

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