quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

RASCUNHO

No balançar das folhas impelidas pelo vento.
O esconder-se da sombra,
O vento que sopra,
O mar que transmuta
A vida que pára,
A morte que vive,
O medo que foge,
A coragem que engana.
Sentir que é possível voar, mesmo enquanto caminha.
Ver no cheiro da chuva, mesmo antes dela cair,
A felicidade de molhar o solo seco da presença.
Conseguir fitar a teia de aranha atrás dos objetos,
Mesmo que sejam novos, mesmo que estejam vivos, mesmo que riam.
A vida e o tempo, o mar e o vento...
Ser como o sol que se permite traspassar as coisas, mesmo que essas aparentemente se escondam. Ser o sol, somente o sol e as coisas.
Ser a vida, somente a vida e as lágrimas, ao rir-se...

Joubert Barbosa

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