O presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, disse nesta sexta-feira (3/11) que as filtragens divulgadas nos últimos dias pelo site WikiLeaks mostram o "cinismo" da diplomacia norte-americana.
"Estes vazamentos são reveladores, mostram todo o cinismo das avaliações e juízos que prevalecem na política externa de alguns estados. Neste caso, me refiro aos Estados Unidos da América", afirmou Medvedev, citado pelas agências russas.
Ao mesmo tempo, o líder russo sustentou que a Rússia não dramatiza a situação criada pelos vazamentos e acrescentou: "não somos paranoicos e não vinculamos as relações russo-americanas com as filtragens".
Medvedev fez as declarações em entrevista coletiva com o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, no balneário russo de Sochi (Mar Negro).
O chefe do Kremlin acrescentou que os diplomatas americanos "têm direito de fazerem seus próprios juízos, mas quando estas valorações caem no domínio público podem realmente prejudicar os vínculos diplomáticos e afetar o espírito das relações".
Na véspera, o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, declarou que não esperava tanta "arrogância, grosseria e falta de ética" por parte dos diplomatas americanos em uma entrevista a Larry King, da redeCNN.
Putin garantiu que as afirmações dos diplomatas americanos em um dos documentos que ele é "Batman" e Medvedev é "Robin" têm como objetivo "desonrar" aos dois.
O primeiro-ministro referiu-se ainda aos documentos no qual o secretário de Defesa dos EUA, Robert Gates, falou ao titular da mesma pasta francesa (Hervé Morin) que "a democracia russa desapareceu e o governo é uma oligarquia dirigida pelos serviços de segurança".
Fonte: Opera Mundi
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
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